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terça-feira, 9 de novembro de 2010
História e Fotos Personagens do folclore
Boto - Mito amazônico. É o pai das crianças de paternidade ignorada. Descrito como rapaz bonito, bem-vestido, boêmio e ótimo dançarino. Nos bailes, encanta as moças, leva-as para igarapés afluentes do Amazonas e as engravida. Antes da madrugada, mergulha no rio e se transforma em boto. Chamado também de boto tucuxi.
Caipora – Segundo a mitologia tupi, um personagem das florestas, com a propriedade de atrapalhar os negócios de quem o vê. Quando um projeto sai errado, se diz que seu autor viu o caipora, ou caapora. Em algumas regiões, é um indiozinho de pele escura. Em outras, uma indiazinha feroz. É descrito também como criança de uma perna só e cabeça enorme.
Cuca – Influenciada pela bruxa de origem européia, é uma velha feia que ameaça crianças desobedientes, em especial as que não querem dormir à noite.
Curupira - Mito conhecido de vários índios sul-americanos. Na Venezuela, o chamam de Máguare. Na Colômbia, Selvage. Os incas peruanos o denominam Chudiachaque. A cabeça também varia: em alguns lugares, ele é careca, em outros tem cabeleira vermelha. Mas todos o descrevem como um anão com os pés às avessas calcanhar para frente, dedos para trás. Seu rastro engana os caçadores inescrupulosos, fazendo com que eles se percam na floresta. Não varia, também, sua função de ente protetor das árvores e dos animais.
Iara - Tem as mesmas características das sereias: mulher da cintura para cima, peixe da cintura para baixo, canto irresistível aos ouvidos dos homens, que atrai para a profundidade das águas, onde habita.
Lobisomem - Homem aparentemente comum, vive e trabalha como os demais da comunidade. Nas noites de lua cheia se transforma em um lobo, ou em um homem com cabeça de lobo e mata quem cruza o seu caminho. Antes do dia clarear readquire forma humana.
Matintapereira - Segundo a mitologia tupi, é uma pequena coruja que canta à noite para anunciar a morte próxima de uma pessoa. Descrevem-na também como mulher grávida que deixa o feto na rede de quem lhe nega fumo para o cachimbo.
Mula-sem-cabeça – Personagem monstruosa em que se transforma a mulher que tem relações sexuais com padres ou compadres. Acredita-se que a metamorfose se dá nas noites de sexta-feira, quando o galope da mula-sem-cabeça assombra pessoas da comunidade.
Negrinho do pastoreio – Na tradição gaúcha, uma espécie de anjo bom, ao qual se recorre para achar objetos perdidos ou conseguir graças. É o negrinho escravo que o dono da estância pune injustamente, açoitando-o e depois amarrando-o sobre um formigueiro. Mas seu corpo aparece intacto no dia seguinte, como se não tivesse sofrido nenhuma picada, e sua alma passa a vaguear pelos pampas.
Saci-pererê - Negrinho de uma perna só, fuma cachimbo e cobre a cabeça com carapuça vermelha. É inofensivo: se diverte assustando gado no pasto, dando nó em rabo de cavalo e criando pequenas dificuldades domésticas.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Xadrez na escola
Escrito por Rogério de Melo Grillo
Rogério de Melo Grillo
O xadrez é um jogo muito antigo que surgiu a partir do jogo indiano chamado de shaturanga. A Pérsia foi à primeira nação do xadrez, ela que foi a responsável pela criação deste e quando foi invadida pelos árabes, estes levaram o jogo para a Europa durante a invasão do islamismo. Na Europa, o xadrez tornou-se o jogo que é hoje.
Como o xadrez é um jogo de raciocínio, ele foi definido como esporte intelectual que se baseia em três elementos: jogo-arte-ciência. Jogo porque requer habilidade, arte por causa da imaginação e ciência devido ao cálculo. Apesar desta definição, muitos consideram o xadrez como um jogo matemático que tem como objetivo deixar seus praticantes mais inteligentes e melhores no cálculo matemático. De fato o xadrez auxilia no cálculo, porém não se deve esquecer que como todo jogo com regras, o xadrez tem um grande valor sócio-educativo, pois promove a inclusão, a interação e a socialização do aluno com o meio. Matheus (2008) explica que a prática do jogo implica no exercício da sociabilidade, autoconfiança, do raciocínio analítico e sintético e até mesmo da organização estratégica do estudo, o que acaba inclusive auxiliando na melhora do rendimento escolar, principalmente em termos de concentração.
Quando o xadrez foi implantado na grade curricular no município de Passos/MG em 2005, muito se falou sobre qual é a real importância do jogo par a os alunos. Alguns chegaram a falar que o jogo deixa o aluno mais inteligente, outros já falaram que ele faz com que a criança aprenda melhor a matemática e alguns pessimistas em relação ao assunto chegaram a afirmar que o xadrez era apenas mais um desporto oferecido pela escola visando torneios e nada mais. Não só no município, mas também em outros lugares o xadrez é visto desta maneira. Poucos sabem qual sua verdadeira importância dentro da escola. Os docentes contrariaram as afirmações feitas em relação à inclusão do xadrez na escola e defenderam o xadrez como sendo importante para o raciocínio, concentração, atenção e cálculo, ambos os valores cognitivos importantes para a formação acadêmica. Estes valores são de suma importância, mas não deve se esquecer que além do cognitivo, o jogo também trabalha o lado social do aluno, outro valor de grande importância para a formação do indivíduo.
Analisando o xadrez por seu lado pedagógico nota-se que em uma partida há comunhão entre raciocínio, cálculo, desafio, respeito, aventura e interação. Além destes fatores, o jogo contribui para a aceitação de normas e resultados, formação de caráter, controle emocional, facilidade de expressão, aceitação de novas idéias e diferentes pontos de vista, valores importantes na formação do aluno, auxiliando-o na conscientização sobre suas ações e com isso este aprende a distinção entre o certo e o errado, além de levar estes valores para seu cotidiano, o que contribui para a formação do seu EU. O aluno quando participa de jogos de regras, este tem por característica abandonar a arbitrariedade que governava seus jogos para adaptar-se a um código comum, podendo ser criado por iniciativa própria ou por outras pessoas, mas que deverá acatar limites porque a violação das regras traz consigo uma punição. Isto ajudará a criança a aceitar o ponto de vista das demais, a limitar sua própria liberdade em favor dos outros, a ceder, a discutir e a compreender. Quando se praticam jogos de grupo a experiência se engrandece já que a sociabilidade é agregada à vida da criança, surgindo assim os primeiros sentimentos morais e a consciência de grupo. Quando a criança joga compromete toda sua personalidade, não o faz para passar o tempo. Podemos dizer, sem dúvida, que o jogo é o “trabalho” da infância ao qual a criança dedica-se com prazer. Pode-se perceber através do que foi exposto o valor educativo que a prática lúdica do xadrez possui.
Grandes mestres do xadrez como o brasileiro Gilberto Milos Jr., a mestra colombiana Adriana Salazar Váron e estudiosos do xadrez como Antônio Villar Marques de Sá, Wilson da Silva e Sylvio Rezende defendem a importância do xadrez como instrumento pedagógico devendo ser incluído como conteúdo escolar obrigatório devido a sua gama variada de conteúdos, incluindo seus benefícios sócio-educativos. O comportamento, a auto-estima, a tomada de decisões, os valores éticos, o respeito, a humildade, a paciência, o saber ganhar e perder e principalmente a interação entre os jogadores fazem parte do lado social do jogo, fatores essenciais para a formação humana do aluno. Sylvio Rezende em seu livro “Xadrez na Escola” defende que todo jogo dotado de regras contribui para a formação sócio-afetiva do aluno, portanto como o xadrez é um jogo com regras específicas pode se concluir que este tem grande influência social. Adriana Salazar ainda ressalta a influência do xadrez nas relações familiares mostrando que o jogo melhora relações entre pais e filhos.
Pesquisas de campo foram feitas a fim de analisar o xadrez mais afundo e constatar seus reais benefícios dentro da escola. A princípio sua implantação na escola foi através de clubes de xadrez, porém neste só participava um seleto time que tinha como ponto forte o treinamento visando torneios. Em 1976 o psicólogo Dr. Johan Christiaen constatou através de uma pesquisa de campo que quem joga regularmente o xadrez tem rendimento acadêmico 13,5% superior aos demais alunos e consequentemente socializa melhor. A partir destas pesquisas, outros estudiosos como o Dr. Joyce Brown que em 1981 constatou em seus estudos que o xadrez tem grande influência na formação social do aluno, principalmente no comportamento, tanto que ele comprovou que o jogo contribui com 60% na diminuição de suspensões e incidentes, ainda provou que este melhora a auto-estima em 55%. Em cima destas pesquisas, outros estudiosos começaram então a pesquisar formas de implantação do xadrez no conteúdo escolar, com isto o jogo começou a ser praticado de uma minoria para uma maioria.
A partir disto observa-se que o xadrez é de grande importância para a formação social do aluno, pois trabalha com sua auto-estima, seu comportamento e o ajuda na sua interação e integração com o meio. Pode-se analisar também que o xadrez evoluiu de jogo estritamente restrito ao treinamento para um jogo voltado para o lúdico e também para o lado sócio-afetivo do aluno.
REFERÊNCIAS
BECKER, I. Manual de xadrez. 20ª ed. São Paulo: NOBEL, 1989.
CARAN JÚNIOR, E.; GRECO, P. J.; SAMULSKI, D. Temas atuais em Educação Física e Esporte. Belo Horizonte: HEALTH, 1997.
REZENDE, S. Xadrez na escola: uma abordagem didática para principiantes. Rio de Janeiro: CIÊNCIA
MODERNA, 2002.
SILVA, W.; TIRADO, A. C. S. B. Meu primeiro livro de xadrez: curso para escolares. 5ª ed. Curitiba: EXPOENTE, 2003.
VARÓN, A. S. Seminário: Educacion, Desarollo de Talentos y Construciones de Valores a través del Ajedrez. Colômbia: 2004.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Voleibol no Brasil
Voleibol no Brasil
Quando o voleibol foi introduzido no Brasil? Há duas respostas para essa pergunta. Enquanto alguns afirmam que o esporte começou a ser praticado em 1915, num colégio de Pernambuco, outros defendem a tese de que tudo começou em 1917 e creditam o pioneirismo à Associação Cristã de Moços de São Paulo.
A Confederação Brasileira de Volley-Ball foi criada em 1954, com o objetivo de difundir e desenvolver o esporte por meio de cursos e "escolinhas". Dez anos depois, o voleibol brasileiro marcou presença na Olimpíada de Tóquio, quando o esporte fez sua estréia nos Jogos. Assim como no futebol- o Brasil é o único país que disputou todas as Copas do Mundo, os sextetos nacionais masculino e feminino participaram de todas as edições dos Jogos Olímpicos. No entanto, faltavam resultados expressivos.
A grande virada do voleibol brasileiro tem como marco inicial a ano de 1975, quando Carlos Arthur Nuzman assumiu a presidência da CBV. Sob a bandeira da organização, Nuzman lutou para que o Brasil sediasse os mundiais masculino e feminino da categoria juvenil em 1977. Apostando na idéia de que marketing e esporte podem caminhar lado a lado, o dirigente atraiu a atenção das empresas para o voleibol, o que na Olimpíada de Los Angeles. possibilitou a criação de uma infra-estrutura, permitindo a profissionalização dos atletas, no início da década de 80, e servindo de exemplo para os outros esportes coletivos do país.
O primeiro grande resultado foi o vice-campeonato no Mundial de 1982, na Argentina. Dois anos depois, a equipe da Pirelli sagrou-se campeã mundial de clubes e a seleção brasileira conquistou a medalha de prata Isso sem falar na medalha de ouro na Olimpíada de Barcelona, em 1992 , e no título da Liga Mundial, no ano seguinte. E, mais recentemente, na medalha de bronze das meninas em Atlanta, em 96, e no histórico desempenho do vôlei de praia, nos mesmos Jogos - ouro e prata no feminino -, quando o esporte fazia sua estréia olímpica. Nas categorias inferiores, mais títulos, como o tricampeonato mundial masculino infanto-juvenil (1990/91/93) e o juvenil em 1993. As meninas são bicampeãs mundiais juvenis (1987/89). Brasil ganha medalha de ouro no vólei masculino, nas olimpíadas de 1992 em Barcelona.
Atualmente o Brasil tem o campeonato nacional mais forte do mundo- a Superliga -, que conta com a participação de estrelas como Marcelo Negrão, Tande, Fernanda Venturini e Ana Moser. O vôlei é o esporte mais jogado no país depois do futebol, sendo que, em cidades como Belo Horizonte e Brasília, o velho esporte bretão fica com o vice-campeonato.