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domingo, 19 de maio de 2013

Manifestações rítmicas internacionais



Bolero


O Bolero é um ritmo que mescla raízes espanholas com influências locais de vários países hispano-americanos. Surgiu na Espanha, mas sofreu modificações, especialmente desenvolvendo temas mais românticos e ritmo mais lento. Tem tradição nos seguintes países: Cuba, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, México, Peru, Venezuela, Uruguai, Argentina e Brasil. 
Fonte: wikipédia

A origem do Bolero
Embora de origem espanhola de boleras (bolas) ou de volero (de volar – voar), a formação musical do Bolero, como se conhece hoje se desenvolveu principalmente em Cuba, mas também com grande vigor em Porto Rico, República Dominicana e México, seu principal difusor. A dança Bolero praticada atualmente no Brasil tem suas origens no Rio de Janeiro, sob grande influência do tango. Já em outros paises latinos, está mais próxima de uma rumba mais lenta, sem muitas variações de figuras, pois é tida como dança para romance.
Tem que se inicialmente dividir a historia do Bolero em três momentos: antes de ser “cubanizado” em meados do século XIX, pós-Cuba e a criação do estilo carioca de se dançar Bolero.
O primeiro registro da palavra Bolero que se tem conhecimento data do século X, de uma dança de origem árabe, o “Bolero de algodre”, que era dançado em grupos de três passos – um rapaz e duas moças. Embora não pareça o Bolero ter ai sua raiz, devido ao fato dos mouros terem ocupado a Espanha por muitos séculos, não é de se estanhar que o espanhol tenha adsorvido esta palavra, que para muitos vêm das boleras (bolas) que ornamentavam os vestidos das ciganas. Enquanto para outros, vem de volero (de volar – voar), pois estas dançarinas pareciam estar voando ao fazerem seus rodopios e movimentos nos vestidos. De qualquer forma, estas versões nos dão uma certeza, que a origem está na Espanha, e não na França ou Inglaterra, onde andou com o nome de danza e contradanza, como sugerem alguns.
Até chegar a Cuba, Porto Rico, República Dominicana e México, o bolero espanhol vai se formando baseado na “cancíon de prosapla hispânica” e agregando elementos das “árias operísitcas”, da “romanza francesa” e da canção napolitana. Até Ravel, compositor clássico, deu sua versão em o “Bolero de Ravel”.
Inicialmente era executado com acompanhamento de castanholas, violão e pandeiro, tal qual o fandango (dança espanhola de origem árabe), enquanto o casal dançava sem se tocar, com sensuais movimentos de aproximação e afastamento.
Trazido pelos espanhóis para suas colônias na América, ele foi se modificando pelas influências locais e recebendo contribuições, em especial, de ritmos vindos da áfrica, assim como da "contradanza francesa". Analisando a Cuba do século XIX e de fins do XVIII, detecta-se a atuante presença inglesa desde que barcos tomaram La Habana em 1762. Logo depois, no final do século XVIII, franceses e seus servidores negros e mulatos chegaram a Cuba, fugidos dos rebeldes haitianos, trazendo para a burguesia e a aristocracia cubana, a contradanza e a novidade do casal dançar entrelaçado, que gerou grande rebuliço na burguesia e aristocracia cubana, fazendo com que os pais orientassem suas filhas a dançarem com os quadris afastados, somente a parte de cima teria contato, característica que hoje não se vê mais no bolero cubano, dançado com movimentos semelhantes aos da Rumba, porém, mais lentos e com poucas variações, mas que ainda permanece em muitos dançarinos de Son e Salsa.
Em 1780 o bailarino espanhol Sebastian Cerezo criou com muito sucesso uma variação baseada nas Saguidillas, bailados de ciganas andaluzes, cujas vestimentas eram ordenadas com pequenas bolas (as boleras), o que veio reforçar a versão da origem do nome Bolero.
Nessa época é notável também o crescente movimento entre o México e os portos de sul de Cuba, desde os anos da retenção da zona de San Juan de Ulúa por tropas espanholas (1825), assim como a presença de famílias e tropas vindas das recém instauradas republicas latino-americanas o que acabou por gerar a introdução de uma nova forma de acompanhamento musical, mistura de “raguedo y punteado”, muito segmentado e constante na primeira guitarra e acentuado totalmente na segunda guitarra, renovando o contato dos cubanos com os sons yucatecos.
No aspecto rítmico muito se agregou da danza (http://en.wikipedia.org/wiki/Danza), da habanera e da figura rítmica do El cínico, proveniente das músicas folclóricas de Sanit Domingue. Assim, desse caldeirão de culturas, surge em Santiago de Cuba, “El bolero”, que embora tenha emprestado o nome de seu homônimo hispânico, desse muito se diferencia. A começar, por exemplo, da sua estrutura de compasso em dois por quatro, em vez de três por quatro do bolero espanhol.
Hoje o Bolero tem presença mundial devido principalmente à difusão pelo México, e tem contribuído com seu romantismo para a união de muitos casais já há muitas gerações.
Curiosamente, só no Brasil, em especial no Rio de Janeiro, essa dança adquire uma estrutura mais complexa incorporando movimentos do Tango, como trocadilhos, esses, caminhadas, cruzados e giros, Nos demais estados, até o inicio da década de 90, restringia-se praticamente a base do “dois pra cá, dois pra lá” ou mesmo ao “um pra lá e dois pra cá” dos dançarinos mais antigos. Em São Paulo mesmo, como nos lembra o Professor Roberto Mendoza, o Bolero só se reformula para a forma como é dançada hoje, quando sua Academia, a Strapolos, contrata em 1994, os professores cariocas João Carlos Ramos e Elaine Delatorre para introduzirem em São Paulo, o Samba de Gafieira, o Bolero e o Soltinho, ainda inéditos no meio acadêmico da dança de salão paulistana.
No entanto, mesmo com toda essa trajetória de transformações sempre foi mantido seu caráter de dança de galanteio, suave, terna e romântica, com movimentos caracterizando uma eterna busca da conquista da mulher amada que por sua vez seduz o parceiro, num jogo que podem durar 3 minutos ou mesmo uma vida inteira.
Fonte: http://dancaadois.com 


 Cha-Cha-Cha


Cha Cha Cha, tanto em termos musicais como de dança, é uma derivação do Mambo e da Rumba, sendo assim um ritmo originariamente Cubano, tal como os anteriores. Acredita-se também que tenha alguma origem no Swing americano (mais propriamente no “Lindy”, dançado com um passo triplo e uma pausa).
Nos anos 40 e 50 existia um som distinto no Mambo sobre o qual as pessoas começaram a dançar. Chamaram a esse passo o “Tripple Mambo” (Mambo triplo). Eventualmente esse movimento evoluiu para uma dança separada, conhecida actualmente como Cha Cha Cha, ou em inglês, Cha Cha.
Crê-se que a primeira música tocada ao ritmo do Cha Cha Cha foi a “La Enganadora” do compositor e violinista Enrique Jorrin, que a criou em 1951.
Existem várias teorias que apontam para a razão do nome Cha Cha Cha. Alguns autores dizem que este surgiu do som ritmado que o güiro (reco-reco) emite neste ritmo. No entanto, outros defendem que é devido ao som dos pés a arrastar nos tempos "4-e-1" da música, som este muito típico nos grandes salões de dança de meados do século XX. Eu pessoalmente acredito que tenha sido uma mistura dos dois.
Ao contrário do que se costuma dizer esta dança não é caracterizada por três passos rápidos e dois lentos, mas sim por dois passos rápidos (4-e) e três lentos nos batimentos 1, 2 e 3 da música. O Cha Cha Cha é um ritmo quaternário (4/4) que é contado com “2 3 4 e 1”, onde o” 4 e 1” é reconhecido como sendo o familiar Cha Cha Cha. Ou seja,”2 3 Cha Cha Cha”. De notar que o último tempo consiste com o primeiro tempo do compasso seguinte, daí a contagem iniciar normalmente no 2.
No que respeita à forma como se dança, o tempo 1 é aquele que mais deve ser acentuado pelos bailarinos, seguido pelo 3. Como na maioria das danças latinas o Cha Cha Cha é feito com o pé muito próximo ao chão, praticamente sem levantar as pontas dos pés. As ancas dos bailarinos devem estar relaxadas para permitir um movimento livre da zona pélvica em resultado do esticar e dobrar dos joelhos. A parte superior do corpo alterna sobre o pé de suporte (onde está o peso) à medida que os passos são dados. Ou seja, o pé move-se e o corpo segue-o. A esta acção das ancas chama-se “Cuban Motion”.
Esta dança foi trazida de Cuba para a Europa em 1952 (primeiramente para Londres) através do professor de dança Monsieur Pierre que procurava novos ritmos e inspirações. Desenvolveu-se assim o Cha Cha Cha das danças de salão. Nos anos 60 Walter Laird tornou este ritmo amplamente divulgado por todo o mundo e criou o estilo Internacional de Cha Cha Cha (Para competições de dança – Dança Desportiva). Ainda hoje o manual de Walter Laird é o mais conhecido no mundo das danças de salão internacionais latino-americanos.
Existem assim dois tipos de Cha Cha Cha hoje em dia. O original Cha Cha Cha Cubano oulatino mais lento e sensual, com movimentos mais livres e ainda guardando a essência original, por vezes com ritmos mais complexos, e o Cha Cha Cha das Danças de Salão mais estruturado e rápido, com vários passos enumerados e descritos em diversos manuais dedança, seguindo o estilo Inglês.
Ao final de contas, o Cha Cha Cha é sem sombra de dúvida uma das danças mais amadas pelos bailarinos de todo o mundo. Este ritmo sensual e energético é extremamente popular tanto entre os novos como os mais velhos. O tempo é staccato, tornando-o fácil de perceber mesmo para alguém que esteja a iniciar-se na dança. Isto permite também aos bailarinos colocarem a sua própria personalidade. O ritmo do Cha Cha Cha pode ainda assim ser ouvido nas músicas de cantores contemporâneos como Ricky Martin, Enrique Iglesias e Gloria Estefan, entre muitos outros.
Abraço dançante
João Capela
Professor, Coreógrafo e especialista em "Coaching for DanceSport"


História da Dança Cumbia


A Colômbia é um país sul-americano bela banhada pelo Oceano Pacífico de um lado e florestas tropicais da Amazônia, de outro. Sua rica cultura tem tons de italianos, espanhóis, influências americanas, e Africano. A costa caribenha da Colômbia é o lugar onde a Cumbia surgiu como uma forma de música. Gradualmente, uma forma de dança graciosa evoluiu em torno desta música e passou a ser conhecido como a dança cumbia. Hoje, Cumbia dança é a dança nacional da Colômbia.

Breve História da Dança Cumbia

A dança Cumbia originou em torno do final do século 17, como uma dança do acasalamento. Tudo começou com os escravos africanos que foram trazidos pelos espanhóis para a costa do Caribe. Essas pessoas fizeram a maioria das oportunidades ocasionais para comemorar, e foi nestes dias que eles se divertiram, dançando ao ritmo de tambores, claves e outros instrumentos de percussão. Essa influência profunda Africano na música Cumbia existe até hoje. 'Cumbia' A palavra se origina do Cumbe palavra, o nome de uma forma de dança guineense. Vamos ter um olhar para a história da dança cumbia e sua evolução, através de cada um de seus aspectos: traje de dança, estilo, finalidade e utilização de instrumentos musicais. Este artigo se concentra em como cada um desses elementos evoluiu com o tempo, para fazer a dança cumbia, o que é hoje.

Cumbia dança originou-se como uma dança de namoro onde homens e mulheres jovens vestidas de branco em sua maioria. Enquanto as mulheres usavam longos, graciosos, saias em camadas, os homens usavam chapéu sombrero. Os homens também carregava maços de velas que eles tinham que dar suas damas de titulares, durante o curso da dança. Eles também carregava um lenço vermelho ou lenço a acenar no ar ou simplesmente enrole ao redor de seus pescoços. Hoje, o traje é muito mais brilhante, com tons de cores vibrantes na mesma.

Embora Cumbia música foi originalmente Africano e foi trazido pelos escravos de países africanos que desembarcaram em cima das costas da Colômbia durante a colonização espanhola, com o tempo ele foi influenciado por outras formas de música. Como os nativos africanos tem familiarizar com alguns dos grupos étnicas locais, como o Kogui, a Kuna e os ameríndios, sua música foi gradualmente incorporado Cumbia. Além disso, alguma influência espanhola também penetrou dentro Assim, junto com os tambores de madeira que tinha sido sempre uma parte integrante da música Cumbia, veio instrumentos como flautas, guitarras, alaúdes e da gaita. A Cumbia moderna, que é um amálgama de três estilos diferentes de música, usa muitos outros instrumentos como clarinetes, saxofones e sintetizadores, entre outros.

O estilo de dança Cumbia já percorreu um longo caminho desde os dias de sua origem aos tempos modernos. Esta forma de dança inicialmente começou como uma dança de namoro e tinha casais jovens batendo os pés ao ritmo dos tambores. Os pares formar um círculo e cada par move-se para o centro do círculo, em turnos. Uma vez no centro, a mulher ondas de sua saia longa e as mãos do homem sobre a sua vela que ele estava carregando. Os passos de dança Cumbia seguir o ritmo dos batimentos, que é 4/4. O homem ao longo de danças, ocasionalmente agitando o chapéu sombrero no ar, tentando o tempo todo, para conquistar a mulher. Hoje, essa dança também é realizada por grupos de mulheres.

Considerada como uma forma de dança não é adequado para pessoas provenientes das camadas mais altas da sociedade, até por volta de meados do século 20, a dança cumbia é uma forma de dança hoje reconhecido, amado por pessoas de todo o mundo. Isso tem sido possível por certos nomes famosos no mundo da música, que contribuíram muito para levar a Cumbia antes das audiências globais. Músicos da Colômbia, incluindo Pacho Galan e Burmudez Lucho, foram responsáveis ​​por popularizar Cumbia nas Américas. Hoje, a Cumbia chegou a países como México, Panamá, Peru, Argentina, Bolívia e Estados Unidos.

Portanto, este era sobre a história da dança cumbia. A Cumbia é um amálgama de três formas distintas de música: Africano, ameríndios e espanhóis. Especialistas acreditam que todas as principais formas de música latina e dança teve suas raízes na Cumbia, e isso inclui a salsa eo merengue. Hoje, Cumbia é realizado em carnavais na Colômbia e outras partes da América do Sul e é parte integrante da cultura colombiana.

O Flamenco


Malú Carvalho

Roupas chamativas, música, dança atraente, castanholaEspanha. Com essas palavras pode-se resumir o flamenco. Por trás desse pequeno resumo, essa típica dança espanhola esconde uma história e um significado, não só para o povo espanhol, mas também para os mouras, judeus e, principalmente, ciganos.
O passado do flamenco é regado de dor, perseguição e sofrimento. Fortemente influenciado pela cultura cigana, e com raízes na cultura mourisca e árabe, o flamenco surgiu em uma fusão dessas culturas em um momento histórico difícil para eles. Para aliviarem o seu sofrimento, refletiam na música flamenca o espírito desesperado das lutas, esperança, orgulho e festas daquela época.
Essa, até então, música espanhola, consistia apenas no canto. Somente depois que os outros elementos, como a guitarra, palmas, sapateado, inclusive a castanhola e dança, foram acrescentados, transformando-o também em uma dança muito típica e apreciada por todos. Atualmente, diferente do passado, pode-se até tê-lo somente com dança e toque (guitarra), sendo tudo muito marcante: expressão facial, mãos e sapateado.
roupa flamenca era composta por um vestido modesto, de maneira parecida como se vestiam as camponesas, além de usarem bijouterias ou pulseiras vistosas e uma flor no cabelo. Hoje, com a modernização e a influência francesa, pode-se perceber acessórios e vestidos com cores bem vivas e atraentes. Muito se vê do vermelho. Os vestidos são muito justos e com grandes babados nas pontas. O penteado também é fundamental para a composição do todo, deixando o conjunto mais completo.
Com seus altos e baixos, ele viveu sua época de ouro nos anos de 1869 e 1910, em que foram criados "cafés cantantes", onde as pessoas cantavam e dançavam ao som da música flamenca. Com a fama destes locais, os guitarristas se solidificaram nesse meio, e tornaram-se essenciais na composição do mesmo, criando assim a atual guitarra flamenca
A sua história foi perdida com o tempo, já que os ciganos tinham uma cultura bastante oral e, para completar, a perseguição era muito intensa. Sendo assim, fica difícil dizer ao certo, qual a origem da palavra, que até hoje ainda é meio confusa e sem uma definição concreta. Da mesma maneira, o local da sua disseminação também ainda é contestado. Porém, a maioria afirma ter sido nos arredores de Sevilha, Jerez e Cádiz. Outra curiosidade é que o flamenco espanhol não é considerado uma arte por todos. Alguns alegam que, por não conter uma raiz única, não pode ser considerado, por exemplo, uma dança folclórica.
O flamenco espanhol se divide em 3 categorias: Flamenco Jondo ou Antigo, que é o mais tradicional; Flamenco Clássico, o mais moderno e que utiliza novas técnicas; e o Flamenco Contemporâneo, uma mistura dos outros dois já citados , adicionando a eles o jazz e o fusion. Essas categorias se subdividem em palos. Os palos são estruturas rítmicas características do flamenco.
O flamenco no Brasil surgiu nos anos 50, quando os imigrantes espanhóis começaram a chegar no país. Com mais de 4 gerações de artistas de origem brasileira, ele ainda busca seu espaço no território, tendo ainda pouca visibilidade e apoio, mas com uma crescente aceitação e disseminação.
Fica evidente que o flamenco é a mais verdadeira e harmônica integração entre arte, cultura e teatralidade na Espanha. Ela, por si só, contagia e faz lembrar de um passado distante, porém marcante, de um povo que, para aliviar a dor, usou a música como a mais bela forma de arte e desabafo.


O Foxtrot entre 1914 e 1918

Quando rebentou a guerra, o Tango e o Boston estavam na sua última fase de popularidade. A Valsa estava quase extinta, não fosse ela praticada ocasionalmente na forma de “hesitação”. O rei dos bailes de salão era agora o Foxtrot, descoberto pouco antes do início da Primeira Grande Guerra. Quando a guerra chegou, a forma mais popular de descontracção para os homens em folga, quer na França quer nos campos de treino em Inglaterra, era uma dança. Muitos destes homens não tinham qualquer experiência ou contacto prévio com a dança e não tinham sequer tempo de aprender as complexidades da Valsa ou do Tango. A melodia fascinante do som Foxtrot e a natureza informal dos passos apelou de tal forma aos soldados que em poucos meses o Foxtrot se tornou na dança mais popular dos bailes.

No Verão de 1914 o Foxtrot fez a sua primeira aparição nos Estados Unidos, como resultado da influência negra, do nascimento do passo único (one step) e do Rag, bem como a tendência na América de introduzir na dança os galopes (canters) e os trotes. Nos primeiros meses de existência o Foxtrot era na realidade uma dança de passeio, sem uma rotina definida de passos. Os passos utilizados eram ou lentos (dois tempos) ou rápidos (um tempo). Depois de um período inicial mais fluído, este género de dança estabilizou, mantendo o caminhar lento e o trote mais rápido; a figura da borboleta tornou-se popular e logo apareceu a centelha (Twinkle). Algumas das figuras utilizadas estavam muito em voga na altura como o caso do Chassé, muito usado para a progressão bem como para virar.
Victor Silvester, Modern Ballroom Dancing (Ebury Press 2005, pp. 26-27)
Traduzido e adaptado por
De Campos

História do Merengue



Merengue
Merengue é uma dança com ritmo veloz e malicioso, nascido na República Dominicana, tem o seu nome derivado do jeito que os dominicanos chamavam aos invasores franceses no século XVII(merenque). Cantor mais conhecido, neste momento é Walfrido Vargas.
Mas nenhum de nós consegue esquecer músicas como “Azur” e “Suavemente”, músicas que um bailarino português imortalizou em Portugal, ainda hoje se ouve em diversos locais.
Na sua origem temos a dança crioula, no entanto esta dança é o resultado da fusão entre o Minuet africano e francês; sendo a sua primeira referência escrita datada do século XIX. O estilo mais popular do merengue é habitualmente interpretado por um amplo conjunto de instrumentos que inclui vários saxofones, acordeões, trompetes e teclados.
Entre 1838 e 1849, a dança chamada “Upa Habanera“ dançava-se em todo o Caribe. Um dos passos desta dança era chamado de merengue e isso denominou a dança. Permaneceu desconhecida para muitos, até que o coronel Alfonseca escreveu letras para a nova música.
Em 1844, o merengue ainda não era popular, mas em 1850 estava em voga, tirando o lugar antes ocupado pela Tumba.
Agora vejam um vídeo que prova que tudo e todos podem dançar merengue:
Nesta época, os jornais de Santo Domingo iniciaram uma campanha contra o merengue em favor da tumba. A alta sociedade não o aceitava, pois as letras eram vulgares, descendiam de negros africanos e não tinham carácter religioso.
O auge da sua popularidade deu-se em 1930 quando Rafael Trujilo – grande fã do Merengue – utilizou essas músicas na sua campanha presidencial. Luiz Alberti escreveu uma letra “decente” para a ocasião e assim nasceu o tema “*Compadre Pedro Juan*”: e, com isto, foi aceite por toda a sociedade unanimemente. Tornou-se, a partir de então, na música simbólica da cultura nacional, mas devido à ditadura de Rafael Trujilo.
Merengue adoptou durante, as três décadas seguintes, uma postura e um som mais sóbrio. Renasceu em 1961, com o assassinato de Rafael Trujilo, o merengue começa a ser exportado, com isso ganha um novo fôlego, com as influências do rock e R&B americano, bem como alguns elementos da Salsa cubana.
A paixão pelo Merengue é ainda partilhada pelos povos de Porto Rico, Haiti, Venezuela e Colômbia.
Actualmente, o merengue, assim como a sua prima salsa, sofreu influências norte americanas, como a de grandes bandas. Os instrumentos mudaram, mas o ritmo continua inconfundível. A dança é muito alegre e contagiante, com passos fáceis que permitem a cada dançarino se expressar através de seu gingado. Ao nível coreográfico, esta dança apresenta passos fáceis e rápidos, dançados por casais entrelaçados.
Merengue
Mitos e Lendas:
Existem 2 lendas que indicam que a dança merengue tem a sua origem em:
primeira lenda conta que esta dança começou com os escravos que, acorrentados uns aos outros, eram forçados a arrastar uma perna para poderem trabalhar nos campos de cana-de-açúcar.
segunda fábula diz que um dos grandes heróis da guerra da República Dominicana foi lesionado numa perna e quando regressou à sua terra natal, a comunidade recebeu-o com uma enorme festa. Com respeito pelo que lhe tinha acontecido, todos dançaram como ele: a coxear e a arrastar uma perna!
Há quem diga ainda que o Merengue foi buscar a sua designação ao doce com o mesmo nome (em português são os suspiros) – leve e doce, tal como a dança.
Seja qual for a realidade da sua origem podemos dizer que é uma dança caliente e cada vez existem mais adeptos em todo mundo…
(agora um a parte… que saudades da Republica Dominicana, vale a pena visitar).
Deixo-vos um vídeo para que possam comprovar o que estou a falar. Espero que gostem…
Espero-vos numa próxima dança…

Fernanda Duarte

Polca

Dança bastante popular na Argentina
   A polca é uma dança rápida nascida na Europa central no século XIX. Seu nome deriva da expressão “polaca”, usada para designar as mulheres da Polônia, onde a polca ainda é muito popular atualmente. Apesar da grande popularidade neste país, a polca é originária da Boêmia, e a sua introdução à música acadêmica foi feita pelos compositores boêmios Bedrich Smetana e Antonin Dvorak, no final do século XIX.

   A polca se espalhou pelo mundo, ganhando grande popularidade em toda Europa e na América. Aí, em países como Estados Unidos, Argentina e Paraguai, a polca é um dos ritmos nacionais mais tradicionais. Na Nicarágua, a polca é o ritmo nacional junto com a Mazurca.

   A dança chegou à América trazida pelos imigrantes europeus do século XIX. Na Argentina, a polca se tornou mais popular na região dos pampas, onde o ritmo ganhou uma batida mais rápida, em 3/4 ao invés de 2/4. Atualmente, os instrumentos usados para se tocar a polca são: guitarra acústica de seis ou sete cordas, contra-baixo, acordeom e, em algumas vezes, alguns instrumentos de percussão. Na Argentina, a letra das canções de polca, geralmente, falam sobre o gaúcho guerreiro do passado, ou sobre o gaúcho campeiro, que ainda vive umavida comum próximo à natureza.

   A polca é dançada a dois, num ritmo constante que segue a seqüência: passo-para-passo-pula. Não se deve confundir a polca com outros ritmos similares, como a polsca, de origem sueca, e a redowa.



Tango dança

O tango é a dança dos corpos entrelaçados. É um diálogo novo, a sedução feita movimento. O casal de baile roça os sapatos entre sensuais carícias, como se houvesse um romance entre os bailarinos.
A primeira expressão precursora do que seria o tango, foi a incorporação nos bailes, do casal abraçado - e figuras coreográficasa próprias dos bailes dos negros.
Nos bailes dos negros, marcando a coreografia do candombe, o som da pele do tambor deu-lhe o nome de tan-gó. De acordo com o musicólogo Ortiz Oderico, o nome tango é uma corruptela do nome Xangô, deus do trovão e das tempestades na mitologia dos Yorubás da Nigéria (África Ocidental), onde Xangô também era o nome do tambor usado nos rituais.
Como afirma Jorge Luiz Borges, o tango é negro na raiz.
Segundo Horacio Ferrer, "com a Guardia Vieja há um empobrecimento da dança do tango. Com a ampla divulgação tirada de sua privativa condição de dança de la orilla, as figuras que a adornavam foram suavizando-se, empobrecendo ou perdendo-se paulatinamente. Do bailarino de bordel da Boca ao bailarino de cabaré há tanta diferença, como deste para o bailarino dos clubes atuais".
Em 1865, o ator canadense residente em Buenos Aires, German Mckay, parodiava seus gestos e linguagem, personificando comicamente o Negro Schicoba, na interpretação de canto e dança chamados tango.O compasso foi mudando com os anos, mas o ritmo da canção entoada por Mckay, cuja partitura ainda existe, fez do velho candombe a dança oficial dos negros; o Negro Schicoba, escrita em 2/4, mostrava, em seus compassos de "habanera", certos traços do que viria a constituir-se o som e a estrutura musical do tango.
No passado eram populares várias espécies de tango: o "tango andaluz" (1855-1880), o "tango cubano" e outras variedades. Os conhecidos como "tangos africanos" eram interpretados pelos artistas das companhias espanholas que atuavam na cidade e entravam em cena caracterizados de negros, como fazia Mckay e outros atores americanos.
Em público, dançavam homens com homens. Naqueles tempos era considerada obscena a dança entre homens e mulheres abraçados, sendo este um dos aspectos do tango que o manteve circunscrito aos bordéis, onde os homens utilizavam os passos que praticavam e criavam entre si nas horas de lazer mais familiar.
O tango como é hoje conhecido era dançado nos bailes do sub-mundo, que aconteciam na periferia e arrabaldes de Buenos Aires: Corrales Viejos ( hoje conhecido como Parque Patricio); Bateria (hoje, Retiro), Santa Lucia, em Barracas al Sur (hoje Avellaneda) e em Recoleta, onde hoje existe o aristocrático parque com o mesmo nome.
Os personagens dos arrabaldes eram compadres, malandros e arruaceiros e o cenário eram as casas de danças e bordéis baratos.
É aí onde começa a tragetória do tango e a primeira etapa de sua identidade musical acontece quando é criada sua orquestra típica "criolla". Do contato com os bordéis, aparece uma série de títulos com duplo sentido: "El Choclo", "La Flauta de Bartolo", "La Cara de la Luna", "La Budinera", "Dame la Lata", "Che", "Sacame el Molde", etc.
Esse ambiente fez com que o tango fosse uma música proibida. Não só pelos personagens e lugares onde era executado, mas também pela maneira como os pares dançavam, tão agarrados, dando-lhe um caráter erótico e carnal difícil de se disfarçar.
Carlos Vega, estudioso da dança universal, expressava, num artigo publicado em 1954 no Jornal La Prensa: ""dançar tango é algo grave e profundo; quando se dança não se ri".

O Tango, no começo (em 1880) era dançado entre homens. 


Valsa

Por Thais Pacievitch
Valsa  é um tipo de dança clássica, embora sua origem tenha sido campestre. A valsa surgiu na Áustria e na Alemanha, no inicio do século XIX inspirada em danças como o minueto (dança na qual os pares dançavam separados) e o laendler (dança campestre, na Alemanha). Importante pontuar que a valsa surgiu primeiramente como uma dança, sendo posteriores as composições das valsas como música.
A palavra “valsa” tem origem na palavra alemã “waltzen”, que traduzida quer dizer “dar voltas”.
Diz-se que a valsa é uma dança de compasso ternário, ou seja, tem três tempos, sendo o primeiro tempo forte e os demais fracos.
A princípio, a valsa era vista como vulgar, e até imoral, pelas classes sociais mais altas, e pela aristrocacia. Em alguns países europeus (na corte alemã e partes da Inglaterra) a valsa foi proibida, tamanho era o preconceito. Nas camadas populares, a dança ganhava cada vez mais adeptos.
Quando Napoleão Bonaparte foi derrotado, em 1815, foi realizado na Áustria o Congresso de Viena, que reuniu a nobreza e os políticos de diversos países, com o objetivo de restabelecer os laços entre os países europeus. Nessa ocasião, o músico austríaco Sigismund Neukomm, introduziu a valsa entre a nata da sociedade européia, o que garantiu, a partir de então, a presença desse tipo de dança nos palácios e cortes em todo o mundo. Surgiram então algumas diferenças entre a valsa original, a vienense, e outras que nela se originaram, como a valsa inglesa.
O mesmo músico, Sigismund Neukomm, veio ao Brasil em 1816, para ser professor de D. Pedro I, ao qual ensinou composição e harmonia, e da Princesa Leopoldina, a quem ensinou piano. A valsa vienense, introduzida então no Brasil, fez sucesso não só entre a nobreza, mas em todas as classes sociais, dando origem, inclusive, a outros ritmos, como as populares serestas. Historiadores encontraram no diário de Neukomm, indícios de que as primeiras valsas compostas no Brasil foram de autoria de D. Pedro I.
O maior compositor de valsas, considerado o “rei das valsas” foi o vienense Johann Strauss II. Dentre suas obras primas, destaca-se o Danúbio Azul. Outros músicos de renome internacional, como Weber, Chopin, Ravel e Brahms têm valsas em seus repertórios.
A valsa é encontrada no repertório de alguns compositores brasileiros, como Villa Lobos, Carlos Gomes, Ernesto Nazaré, Chiquinha Gonzaga, entre outros.
Ainda hoje, no Brasil, dançar valsa é uma tradição insubstituível em bailes de debutantes, formaturas e casamentos.

Zouk 

O zouk - que significa festa - é um gênero musical típico das Antilhas francesas (Martinica e Guadalupe) e da Guiana Francesa. Nos países de expressão francesa ele é cantado, principalmente, em dialeto crioulo. Por isso, muitos passaram a acreditar que a música e a dança seriam francesas. Tanto que por algum tempo, quando a moda de dançar lambada estava em seu auge, o zouk era chamado pelos brasileiros de lambada francesa. 

No Brasil, utiliza-se a música Zouk para dançar uma dança 100% brasileira: a lambada. Quando a lambada explodiu nos anos 90, era comum se dançar ao som de Kaoma, Beto Barbosa e Sidney Magal. Porém, depois de algum tempo, a produção musical tornou-se cada vez mais escassa. Sendo assim, os dançarinos passaram a adotar o zouk como música para se dançar a antiga lambada. A dança portanto sofreu algumas modificacoes para se adaptar a nova música. A lambada era muito rápida e frenética, impossibilitando muitos passos que existem hoje. Já o zouk é mais lento e sensual. 

A dança zouk brasileira possui hoje vários estilos entre eles, o Tradicional, o Zouk Love, o Neozouk e o Soulzouk. É preciso ter muito cuidado para não confundir a música com a dança. A dança zouk brasileira pode ser dançada com diversos ritmos: músicas Árabes, kizomba, Hip hop, R&B Contemporâneo e Reggaeton. 

A lambada (tradicional, dos anos 80) no estilo de Porto Seguro resiste em locais como Porto Alegre, São Paulo, Porto Seguro, Arraial D´Ajuda, Londres, Buenos Aires e Barcelona. 

Os principais pólos do zouk brasileiro são: Rio de Janeiro (onde essa dança foi criada) e ainda Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo, Amsterdã, Barcelona, Palma de Mallorca, Brisbane, Sidney e Zurique. Há também um público crescente no sul do Brasil. 

A dança zouk do Caribe (passada) está em muitos lugares como França, Inglaterra, São Tomé e Príncipe. Os principais pólos do zouk caribenho são: Angola, Antilhas, Cabo Verde e Haiti. A dança Kizomba, parecida com a dança zouk é febre em Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal. Mas estas, nada tem a ver com o zouk dançado no Brasil.



STREET DANCE


HISTÓRIA DO STREET DANCE


Street Dance é um rótulo que os americanos criaram para identificar os estilos de dança que surgiram nos guetos e centros urbanos. Muitos pensam que Street Dance é um único estilo de dança, mas na verdade é apenas um termo que engloba vários estilos de dança.A primeira vez que o termo surgiu foi nos anos 30 com o surgimento do Tap Americano (Sapateado).Os negros americanos, influenciados pelo sapateado clássico Irlandês, criou uma dança nova com a técnica percussiva dos sons dos pés somada a estrutura e movimentação corporal das danças africanas, uma vez que estas eram sua herança cultural.

Por ser uma dança Urbana e que não tinha mais relação com o clássico deram o rotulo de Street Dance.Depois do Tap se estabilizar na América e se tornar uma dança popular entre anos 30 e 60 nada de novo apareceu e o termo Street Dance ficou em desuso. Somente em 69 esse termo ressurgiu quando Don Campbellock criou a dança Locking.

Em seguida nos anos 70 varias outras danças surgiram nos estados unidos com a mesma origem, uma dança Urbana e popular. Apesar de Street em Português significar “ Rua”, para os Americanos ela não tem exatamente essa conotação, porque, neste caso, Street Dance significa “Dança Urbana do Povo” que não veio do meio acadêmico. Não quer dizer exatamente que ela foi inventada ou dançada nas Ruas.Entre os estilos de dança urbana, apenas o B.Boying foi criado exatamente nas ruas, durante as Block Partys (festas de rua), que deram origem à Cultura Hip Hop.

Os demais estilos de dança tiveram diferentes ambientes para sua criação como Clubs (danceterias), programas de TV, Concurso de talentos estudantis etc… É das Ruas porque veio de pessoas que vivem nas cidades.

Nos dias de hoje quando se diz Street dance ou Dança Urbana Americana você entende por: Locking, Wacking/Punking, Up Rocking, Popping (Waving, Scare Crow, Animation, King Tut, Sacramento, etc.), Boogalooing, B.Boying, Freestyle Hip Hop e House Dance.

Sendo assim, quando se diz fazer Street Dance é necessário ter embasamento em todos os estilos desse universo e mesmo que o dançarino escolha uma técnica do Street Dance para se aperfeiçoar, é importante ele saber sobre os demais estilos para poder entender e se integrar a cultura.
Breaking DanceBreaking DanceBreaking Dance

HIP-HOP


História
O termo Hip-Hop foi estabelecido, por volta de 1968, pelo negro África Bambaataa, inspirado em duas movimentações cíclicas.
A primeira delas estava na forma cíclica pela qual se transmitia a cultura dos guetos norte-americanos. A segunda estava justamente na forma de dançar mais popular da época, ou seja, saltar (HOP) movimentando os quadris (HIP). Era um convite à festa.
Nesta época (década de 60) proliferou-se uma grande discussão sobre direitos humanos e, nesta ordem dos fatos, os marginalizados da sociedade de Nova York se articularam para fazer valer suas propostas na eliminação das suas inquietações. Assim surgiram grandes líderes negros, como Martin Luther King e Malcom X, e grupos que lutavam pelos direitos humanos com os Panteras Negras. E esse ambiente influenciou, bastante, os primeiros praticantes do Hip-Hop, principalmente artistas como Isaac Hayes que faziam os habitantes do guetos dançarem as músicas que eles mesmo intitulavam de "Rap", a exemplo dos "Ike's Raps" contidos nos LP's de Hayes, que eram compostos por uma base musical dançante acompanhado de rimas faladas que seguiam o ritmo. Além disso, a mensagem contida nas letras era informática de alto teor político-social.
Portanto, juntando a música (Rap), a dança (Break) e a arte plástica (Graffiti) você têm todos os elementos que deram origem ao Hip-Hop.

Hip Hop no Brasil
No Brasil, o Hip-Hop chegou no início da década de 80 por intermédio das equipes de baile, das revistas e dos discos vendidos na 24 de Maio (São Paulo). Os pioneiros do movimento, que inicialmente dançavam o Break, foram Nelson Triunfo, depois Thaíde & DJ Hum, MC/DJ Jack, Os Metralhas, Racionais MC's, Os Jabaquara Breakers, Os Gêmeos e muitos outros. Eles dançavam na Rua 24 de Maio, mas foram perseguidos por lojistas e policiais; depois foram para a São Bento e lá se fixaram. Houve um período de divisão entre os breakers e os rappers, os primeiros continuaram na São Bento, os outros foram para a Praça Roosewelt. O Rap, a principio chamado de "tagarela", ascende e os breakers formam grupos de Rap. Em 1988 foi lançado o primeiro registro fonográfico de Rap Nacional, a coletânea "Hip-Hop Cultura de Rua" pela gravadora Eldorado. Desta coletânea participaram Thaide & DJ Hum, MC/DJ Jack, Código 13 e outros grupos iniciantes.
Nesse período de ascensão do Rap, a capital paulista passou a ser governada por uma prefeitura petista, o que muito auxiliou na divulgação do movimento Hip-Hop e na organização dos grupos. Por esse motivo foi criado em agosto de 89 o MH2O - Movimento Hip-Hop Organizado, por iniciativa e sugestão de Milton Salles, produtor do grupo Racionais MC's até 1995. O MH2O organizou e dividiu o movimento no Brasil. Ele definiu as posses, gangues e suas respectivas funções. Nesse trabalho de divulgação do Hip-Hop e organização de oficinas culturais para profissionalização dos novos integrantes, não podemos esquecer de citar a participação do músico de reggae Toninho Crespo. Este trabalho teve sua continuidade no município de Diadema com o profissionalismo de Sueli Chan (membro do MNU - Movimento Negro Unificado).
Outra pessoa que foi muito importante na divulgação do Hip-Hop no Brasil, foi Armando Martins com o seu programa Projeto Rap Brasil, que lançou vários grupos de Rap durante os anos em que esteve no ar.

Danças típicas do Mato Grosso do Sul



O Estado do Mato Grosso do Sul pode ser mapeado e dividido em 3 partes, de acordo com as danças, a saber: Região do Bolsão, Região do Pantanal, e Região de Fronteira.



Introdução
A dança é uma manifestação de culto da antigüidade. Atualmente, serve como forma de lazer e diversão, aliviando as tensões do dia-a-dia, além do seu papel socializador entre as pessoas.
As danças de salão vieram da França para o Brasil no período colonial, principalmente as praticadas pela nobreza.
Com o passar do tempo, a dança foi se popularizando e se adequando ao povo, mudando sua forma original. O melhor exemplo é a "quadrilha" (quadille em francês), trazida pelos portugueses, transformando-se na nossa quadrilha caipira.
Há seis ou sete séculos, era uma dança de camponeses ingleses ingleses, descendentes de Celtas e Saxões que, apesar da Inglaterra já se encontrar cristianizada, mantinham velhos rituais pagãos de agradecimento à terra pelas colheitas.
As quadrilhas foram difundidas pelos imigrantes nas festas juninas, atualmente em muitos locais é comum confundi-las como forró nordestino, em função da presença desse povo espalhado por todo o Brasil, e que levou consigo sua música e seu instrumental constituído de sanfona, zabumba e triângulo.
Danças típicas
As Quadrilhas segundo Marley Sigriste:

No Mato Grosso do Sul, as quadrilhas estão restritas às escolas e algumas associações, numa tentativa de aproveitamento folclórico. São raros os grupos originais, geralmente do meio rural, que conservam algumas partes da quadrilha, como as contra danças inseridas nas comemorações locais.
As danças que dividem o MS  em 3 regiões:
O Estado do Mato Grosso do Sul pode ser mapeado e dividido em 3 partes, de acordo com as danças, a saber: Região do Bolsão, Região do Pantanal, e Região de Fronteira.
Região do Bolsão compreende a porção nordeste do estado - relativa à bacia Sucuriú de Costa Rica a Três Lagoas, incluindo os municípios de Camapuã e seus distritos. (paulistas, mineiros e goianos)
Região do Pantanal compreende a porção oeste do Estado. (cultura pantaneira, desde a fundação de Corumbá e com a formação da cultura Cuiabana séc. XXVIII, influência gaúcha)
Região de Fronteira compreende a porção sul e sudeste. (cultura paraguaia, influência gaúcha).
Região do bolsão

Arara, Cobrinha ou Revirão:
É uma dança comum no Brasil, recebendo vários nomes, como a dança da vassoura ou dança do chapéu. Sua execução começa com um dançador, que deve tirar outro e outro, até que a fila apresente-se longa, virando ora para um lado, ora para o outro, fazendo movimentos semelhantes aos de uma cobra.
Em determinado momento, os dançadores juntam-se aos pares e aquele que estiver sozinho deve requisitar o par do outro. Quando a música é interrompida, aquele que estiver só, deve pagar uma "prenda" , geralmente declamando um verso.
Caranguejo:
É uma dança de roda, desenvolvida aos pares que batem palmas e sapateiam, permeando com volteados e passeios. Ë uma ciranda executada nos bailes rurais, nos momentos em que tendem a desanimar.
Catira:
É dançada ao som da moda de viola e alegrada pelos "recortados", quando os dançadores intercalam longa série de sapateado e palmeado. É uma dança só de homens, e a mulher raramente participa dela, apenas em momentos de reserva familiar. Geralmente é dançada nas festas antes de começar o baile.
Engenho de Maromba:
Sob o ritmo de um valseado, seus movimentos imitam o movimento do Engenho de Cana. As fileiras de homens e de mulheres rodam em sentidos contrários  entre si, entrecruzando-se na evolução. Os versos cantados no engenho são "chorados" como o próprio engenho de cana. É uma dança executada em finais de baile como forma de despedida.
Engenho Novo:
Consiste numa dança cuja coreografia assemelha-se ao movimento do engenho de cana, e seus versos lembram passagens de trabalho com essa máquina e também conversas entre seus operadores. Ao contrário da dança anterior, a música possui andamento rápido e alegre.
Sarandi:
Também é uma ciranda, mantendo a mesma melodia da roda infantil "Ciranda, cirandinha". Recebe também o nome de Cirandinha. É uma dança de roda, em que os pares dão meias-voltas e voltas inteiras, trocando seus pares. Esse movimento é repetido tantas vezes quanto é o números de pares, intercalando, cada um apresenta seu verso para a moça, para o rapaz ou para o público presente.
Região do Pantanal
Cururu:
Já foi dança, hoje é mais caracterizada como brincadeira, embora ainda existam alguns passos, executados pelos violeiros, como flexões simples e/ou complicadas, a fim de proporcionar animação. É praticada apenas por homens que tocam suas violas de cocho e ganzás ou cracachás (reco-recos), cantando versos conhecidos ou improvisados, conforme o momento requerer e as toadas falam das coisas do cotidiano pantaneiro.
A viola de cocho é um instrumento construído artesanalmente pelos próprios violeiros, que usam materiais da região, como a madeira do sarã ou timbaúba (ou chimbuva), cola de poca, cordas de tripa de bugio ou de ema. Estudada por alguns pesquisadores, acredita-se que a viola de cocho tenha se originado do alaúde, instrumento musical usado durante a Idade Média que, vindo do Oriente Médio chegou à Europa.
Imagina-se que tenha chegado ao Pantanal por volta do século XVIII, pela Bacia do Prata, único elo de ligação da Província de Mato Grosso com o mundo naquela época.
Siriri:
É uma dança animada em que os pares colocados em fila ou roda descrevem gestos alegres e gentis, com palmas aos pares e ao som de toadas.
Os movimentos são de fileiras simples, duplas, frente a frente, roda e túnel. Recebem nomes como: barco do alemão, carneiro dá, canoa virou, "vamos dispidi". Os instrumentos usados para música são: viola de cocho, reco-reco, (ganzá) de bambu com talho no sentido longitudinal e tocado com um pedaço de osso e o mocho ( tambor) tocado freneticamente com dois bastões de madeira.
Região de fronteira
Chupim:
Dançado ao som e ao ritmo da polca paraguaia, em número de três pares. Seus movimentos imitam as asas da ave de mesmo nome, ao cortejar a fêmea. À esses movimentos acrescentam-se toques de castanholas, com os dedos, da aculturação espanhola.
Os movimentos da dança são: cadena, tourear o par, dançar e rodar o par.
Às vezes, encontra-se a figura do Carão, que imita o pássaro do mesmo nome e é tido como ave de rapina que tenta a todo momento "roubar" a dama do companheiro.
Mazurca:
Também conhecida como rancheira, muito comum no sul do Brasil, seguindo a mesma configuração dos bailes do Sul.
Palomita:
É uma dança de salão executada ao som de polca paraguaia ou chamamé, embora no Paraguai seja utilizada a música palomita para essa dança. Há revezamento entre os casais.
Polca de Carão:
Na dança existe a brincadeira de um dos dançantes "levar um carão", ou um "fora" do seu pretendido par. A dança de salão continua até que os outros "levem um carão".
Xote:Além do xote aos pares, registrei também o Xote de Três, que equivale ao Xote de duas damas do sul do Brasil.
Toro Candil:
Deixei por último o Toro Candil, porque ele não se caracteriza como dança, nem como folguedo. Considero-o uma brincadeira feita com o boi (toro - em espanhol), feito de arame, pano e a ossatura natural da cara do boi, abatido para a festa.

Duas tochas acesas são colocadas ao chifre do boi candeeiro ( Candil - em espanhol).
Os brincantes mascarados ( mascaritas - em espanhol), apresentam-se travestidos para não ser reconhecidos ( tanto homens, quanto mulheres), brincam entre si, mudam a voz e falam em idioma Guarani.

Antes da chegada do Toro, fazem a brincadeira bola-ta-ta, uma bola de pano, embebida em óleo e acesa. Chutam a bola de um para outro brincando até que a mesma se apague. Em seguida, entra o toro Candil para alcançar o auge da festa.
Quando se acham cansados, vão para o salão e dançam ( podendo ser homens com homens ou com mulheres, mesmo porque eles não se conhecem) ao som de salsas e merengues.

Bibliografia
SIGRISTE, Marley - "Chão Batido" - Editora UFMS - Campo Grande MS.
  
Conclusão
Através da dança, as culturas de vários povos é expressada e passada, de maneira fácil e divertida aos que dela participam ou até mesmo assistem, daí a necessidade de se explorar esse rico patrimônio cultural, trazendo cada vez mais turistas para conhecê-lo.
A adaptação da dança, por vezes é necessária, mas sempre existe a preservação de suas raízes, como por exemplo no vestuário, no ritmo, na encenação.
Sem sombra de dúvida, a dança é um meio de comunicação e expressão muito poderoso, passado de geração à geração, contagiando todos, velhos, moços, crianças e adultos.
É possível se contar a história de um povo, de uma nação, com uma dança, trazendo para o presente, lembranças e tradições de épocas longínqüas.
Poderia-se até criar um roteiro turístico das danças típicas do MS.
Dançar faz bem ao corpo e ao espírito.

 Vera Rolim

HISTÓRIA, RELAÇÃO SOCIOCULTURAL E DANÇAS REGIÃO CENTRO OESTE.


Região Centro-Oeste do Brasil

Região Centro-Oeste
A região Centro-Oeste do Brasil é dividida em quatro unidades federativas: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, onde fica Brasília a capital do país.
A região Centro-Oeste é limitada ao norte pelos Estados do Amazonas e Pará, a noroeste pelo Estado de Rondônia, a  nordeste pelo Estado de Tocantins, a leste pelo Estado da Bahia, a sudoeste  pela Bolívia e Paraguai,  a sudeste pelos Estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
O clima predominante é o tropical com duas estações bem definidas: verão chuvoso e inverno seco. As temperaturas são elevadas o ano todo, porém, nas zonas de contato com outras regiões há grandes variações.


O Desenvolvimento da região Centro-Oeste

Os indígenas foram os primeiros habitantes da região Centro-Oeste. Depois, chegaram os bandeirantes. Eles descobriram muitas minas de ouro e fundaram as primeiras vilas: Vila Real do Bom Jesus, Vila Boa... A descoberta de diamante deu origem à vila chamada Corrutela.
 Foram criados fortes militares, entre eles, destaca-se o Forte de Coimbra, hoje a cidade de Corumbá. Em volta desses fortes, surgiram povoados.
Forte de Coimbra
O povoamento aumentou com a construção de estradas de ferro e, mais tarde, com o aparecimento das rodovias e das hidrovias. A construção de Brasília como sede do governo brasileiro, também, contribuiu para o povoamento e o desenvolvimento socioeconômico de região Centro-Oeste. Cada etnia carregou consigo a bagagem de suas raízes e foi dessa mistura que surgiram as manifestações culturais, artísticas e religiosas da região. Sabe-se hoje que o folclore local é marcado pela pluralidade de danças e crenças.

Arquitetura e Monumentos da região Centro-Oeste

Brasília
Com sua moderna arquitetura de vanguarda, é o único conjunto arquitetônico do século XX que merece ser considerado pela Unesco como "Patrimônio da Humanidade". Brasília foi projetada por Oscar Niemeyer.

Catedral

Congresso Nacional

Palácio do Planalto

Goiás
Museu de Arte Sacra da Igreja da Boa Morte - Tem o maior acervo do escultor barroco Veiga Vale.
 
Palácio Conde dos Arcos - Centro Cultural, tem acervo com obras do século XVIII.


Chafariz de Calda - É uma construção com padrões do século XVIII, (1778).


Igreja Nossa Senhora da Abadia - Construída pelos escravos e para os escravos em 1790.


A gastronomia da região Centro-Oeste

Goiás
Os pratos mais populares são: arroz com pequi, biscoito de polvilho, guariroba, e manjar branco com ameixa.

Arroz com Pequi

Receita de Biscoito de Polvilho (Peta)
Biscoito de polvilho (Peta)
Guariroba

Manjar Branco com Ameixa

Não podemos deixar de falar da pimenta-bode e da jurubeba muito apreciada pelos goianos


Pimenta-bode

Jurubeba

Mato Grosso 
Uma das receitas mais conhecidas desse Estado é a mojica, que é feita com o pintado. Os peixes são muito consumidos e o acompanhamento geralmente é a banana da terra



Mojica de Pintado


Banana da terra

Mato Grosso do Sul
A maioria dos pratos são feitos com peixes e carne. Algumas preparações: arroz de carreteiro, moqueca de peixe, doce de abóbora, licor de pequi e etc.


Arroz de Carreteiro


Moqueca de Peixe


Doce de Abóbora


Licor de Pequi

Distrito Federal
Em Brasília, você encontra de tudo: pato no tucupi, feijoada, churrasco galinha ao molho pardo,enfim, além da influência estrangeira, há uma mistura da culinária das regiões do Brasil.


Pato no Tucupi


Feijoada


Churrasco


Galinha ao Molho Pardo

As danças da região Centro-Oeste

Caninha-verde 
Consta de uma roda de homens e mulheres que cantam e dançam permutando de lugares e formando pares. Os textos cantados são tradicionais e circunstanciais, acompanhados por viola, violão e pandeiro.

Siriri
Dança de pares soltos que se organizam em duas fileiras, uma de homens e outra de mulheres. No meio delas, ficam os músicos. O início é dado com os homens cantando o "baião", acompanhados das palmas dos demais participantes. A seguir, um cantador "joga" uma quadra que é repetida por todos. Neste momento, um cavalheiro sai de sua fileira e se dirige à dama que lhe fica à frente, fazendo-lhe reverência e voltando ao lugar inicial. A dama o acompanha até o meio do caminho, quando então se dirige a outro cavalheiro e, depois, retorna também ao seu lugar inicial. Este cavalheiro repetirá a movimentação do primeiro. O acompanhamento musical pode ser apenas rítmico,  executado em tambor e reco-reco; às vezes, também apresenta instrumentos melódicos, como a sanfona e a viola de cocho.

Cururu

Canto formado por trovas repentistas, chamadas originalmente de carreiras ou linhas, cantadas por vários caminhantes em agradecimento a um santo. Os instrumentos são viola artesanal feita com árvores nativas e ganzá (tipo de reco-reco) de bambu. Foi levado a Mato Grosso pelos bandeirantes. Era inicialmente dançado, hoje é só cantado.

Mascarados

Originária dos costumes indígenas, foi modificada e enriquecida pelos colonizadores espanhóis e portugueses. Dura cerca de duas horas e meia, tem doze partes, com diferentes passos, e exige grande esforço físico. Por isso, antigamente só os homens participavam dessa manifestação cultural. Para que os que faziam papel de mulher não fossem identificados, todos usavam máscaras.

Manifestações culturais da região Centro-Oeste

Cavalhada
É uma representação da batalha entre mouros e cristãos durante a invasão da Península Ibérica. Com a vitória dos cristãos, os mouros acabam convertidos. A festa relembra o domínio do cristianismo na região hoje formada por Portugal e Espanha. Em Goiás, a mais famosa ocorre em Pirenópolis.

Procissão do Fogaréu


Manifestação de tradição religiosa que relembra a prisão de Jesus Cristo por soldados romanos mascarados. O Fogaréu vem sendo realizado desde 1745 ano que foi trazido da Europa pelo padre português Perestello Espíndola.