RIO - O número de acidentes envolvendo motociclistas aumentou sensivelmente nos últimos dois anos. De acordo com o relatório da Coordenadoria de Estatísticas do Detran, só nas rodovias estaduais foram 699 colisões com motos em 2004 e 868 no ano passado, o que representou 30,6% dos acidentes. Já a Polícia Rodoviária Federal registrou 649 acidentes com motociclistas, em 2004, e 709, em 2005, sendo responsável por 20,4% dos acidentes nas vias federais em todo o estado.
Dados do Corpo de Bombeiros apontam 868 acidentes de motos com vítimas e 106 sem vítimas, em 2005, nas rodovias estaduais. Já nas federais, houve mais de uma vítima por acidente: 709 acidentes com motos geraram 806 feridos e 45 mortos no local. Os números se referem apenas aos veículos identificados.
Segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), atualmente, a frota de veículos no Brasil já ultrapassa os 44 milhões. Desse total, mais de 17% são motocicletas, o que representa mais de 7 milhões. No entanto, as motos correspondem a 26% dos veículos envolvidos em acidentes.
Em 2003 foram registrados 333.689 acidentes envolvendo vítimas, desse total 21.331 pessoas morreram no local do acidente, sendo que mais de 13% dos mortos eram motociclistas, no caso das vítimas não fatais esse percentual chega a 28%.
Para o coordenador de Educação do Detran-RJ, Gilberto Cytryn, essa estatística poderia reduzir se os motoristas respeitassem as leis de trânsito e usassem o capacete.
- O maior número de infrações cometidas e de acidentes pelos motociclistas se deve à falta do capacete. O equipamento é para a segurança própria - alerta.
Ele ressalta também que manter uma distância considerável do veículo da frente e usar os dois freios ao mesmo tempo são as principais ações para uma direção defensiva.
- A distância do veículo à frente dá tempo para que o motorista pense em que atitude tomar e se desviar, ou evitar o perigo. Claro que em fração de segundos, mas é importante lembrar que a nossa vida depende até de milésimos de segundos - salienta Cytryn.
Já para a psicóloga especialista em segurança no trânsito Maria Salete da Silva, o motociclista deve ver e ser visto na via. Ela explica como:
- O motociclista pode abusar de refletivos. São leves e não comprometem a visibilidade do outro motorista e ele é facilmente visto, principalmente à noite. Em caso de acidente ou algum obstáculo, ele poderá sinalizar com as mãos - explica a instrutora da Condu, empresa especializada em direção defensiva.
- O capacete é a melhor proteção para o motocilista. E preciso também afivelar. Caso contrário, ele sai facilmente da cabeça durante um acidente. É importante que ele tenha o selo do Inmetro.
- Usar refletivos no capacete e na motocicleta, para ser visto.
- Não andar no corredor durante trâfego em movimetno. Essa permissão dada pelo Artigo 56 do Código de Trânsito Brasileiro só permite trafegar fora da faixa com o trânsito parado.
- Lembrar que carros têm 'ponto cego'.
- Usar os dois freios ao mesmo tempo (para dosar a freagem).
- Manter farol aceso mesmo durante o dia.
- Proibido transportar crianças menores de sete anos.
- Não dividir a faixa com outros veículos.
- Ter bom senso e respeitar as regras básicas de trânsito, como placas, semáforos etc.
- Ter atenção nos cruzamentos.
- Manter a coluna reta e os braços e ombros relaxados.